Portable Prey PT-BR [ULTRA EXCLUSIVO] (Reupado)

“Prey” é um jogo de tiro em primeira pessoa e usa a mesma tecnologia gráfica de “Doom 3” e “Quake IV”. O diferencial é que ele evolui na construção dos mapas, brincando com a orientação espacial ao usar portais e dispositivos gravitacionais. Além disso, o espírito de personagem pode sair de seu corpo, e atravessar barreiras que seu corpo físico não consegue ultrapassar. Com isso, os elementos de quebra-cabeças ganham mais força que em outros games de tiro.

O roteiro inicial pode parecer trivial, mas o enredo, como um todo, é bem criativo. Tommy é um índio Cherokee e só pensa em sair da reserva onde vive junto com a namorada Jen. Também é descrente sobre o misticismo de sua tribo. Era mais um dia como outro qualquer quando, de repente, alienígenas invadem o bar onde eles estão e começam a abduzir todo mundo. Após ser resgatado por uma boa alma, começa a luta de Tommy para salvar a namorada e, de quebra, o mundo. Como dito, o início parece banal, mas há muito mais por trás disso tudo, e isso, naturalmente, só será revelado ao avançar no jogo.

Desde que o protagonista é abduzido, o game começa a brincar com a noção espacial. A sensação é como estar numa montanha-russa, viajando numa espécie de esteira num itinerário bastante confuso, até a hora de ser salvo e colocar seus pés em chão firme. Se bem que o conceito de “chão” nesse jogo é bem relativo, como perceberá o jogador mais para frente.

Depois de enfrentar pequenas criaturas asquerosas com a chave de parafusos, arma com a qual usou para esmurrar dois baderneiros no bar, com direito a muito sangue, é hora de ganhar sua primeira arma de verdade. Todas elas são alienígenas, e sendo assim, o desenho é um tanto incomum, assim como todo o cenário, misturando o mecânico com o biônico.

O tema lembra o das obras do suíço H. R. Giger, o responsável pelas criaturas nojentas da série “Alien” e “A Experiência”. Em algumas partes, há referências mais explícitas ao artista, como uma estrutura que lembra uma genitália feminina. No game, ainda há outras representações degradantes, como esfíncteres, que soltam um excremento pastoso não muito bonito de se ver.

Muito além do arco-e-flecha

Voltando às armas, uma boa sacada do game é que o número de armamentos não é muito grande. Em vez disso, as produtoras Venom Games e Human Head Studios preferiram dar mais funções para cada um dos equipamentos. A primeira arma, por exemplo, é uma metralhadora, mas com um toque de botão vira uma “sniper”, ou seja, para tiros de precisão. A Leech Gun varia seus projéteis dependendo da energia que sugar de estações específicas – pode ser uma rajada de plasma flamejante, uma névoa congelante e até mesmo um raio constante de energia, como a lightning gun de “Unreal Tournament”.

Até mesmo a granada é multiuso: na verdade, são criaturas de três pernas, que explodem após ter um dos membros arrancados. Colocando-os no chão ou em paredes, passam a explodir quando alguém passar por perto. Existem outras armas também, como uma que, entre outras coisas, produz uma névoa à prova de balas, mas o mesmo vale para os tiros do jogador.

A inteligência artificial dos inimigos é apenas básica. Eles até se escondem, usam os tiros corretos para cada situação e atiram granadas, mas falham ao tentar usar táticas mais elaboradas. Eles também não costumam atacar em grande número, então a tarefa é ainda mais simples. Ou seja, quem já estiver acostumado como gênero pode ir direto à opção mais difícil. Terminando uma vez, aparece uma dificuldade superior.

O espírito nunca morre. O corpo também

Na verdade, não existe “game over” em “Prey”. Quando o jogador perde toda a energia, vai para um mundo espiritual, cujo objetivo é atirar em alguns pássaros por cerca de 20 segundos e retornar ao local onde foi “morto”. Quanto mais derrubar as aves, maior será a recuperação de energia, que pode ser até total. Alguns podem dizer que isso facilita demais, mas é uma alternativa muito mais elegante que usar o “quicksave” e o “quickload”, tão comum ao gênero. Pelo menos, fica coerente dentro da narrativa.

Outra característica do game é que o protagonista tem o poder de sair de seu corpo. O recurso é usado mais para os quebra-cabeças, pois nesse estado o jogador pode atravessar algumas barreiras e ir a locais não-acessíveis no plano físico. Geralmente, atrás das barreiras há um dispositivo que desliga esses escudos. O espírito também usado quando é necessário ativar um interruptor que está longe e o corpo precisa se manter no local.

Além disso, na forma espiritual é possível acertar os inimigos sem ser percebido e enxergar caminhos invisíveis aos olhos físicos. Mesmo como um fantasma, o jogador pode pegar itens. A energia espiritual é usada para dar tiros, mas virtualmente todos os inimigos dão energias que recuperam essa carga fantasmagórica. A mecânica não é amplamente explorada, mas ajuda a dar mais variedade ao game. Há também alguns minigames, como um que imita “Pac-Man” e outros jogos de cartas, como o “21”.

Entre o céu e a terra

Mas a parte em que “Prey” mais acerta é no projeto das fases. Os caminhos são basicamente lineares, mas aqui o conceito de linha é um tanto distorcido, graças ao sistema de portais e de controle de gravidade. Os portais, que podem ser um buraco dimensional flutuando no ar ou estar dentro de caixas ou arcos, levam a diferentes pontos do mapa.

Às vezes, eles levam para o mesmo lugar, de forma que você se enxerga dentro do portal. É bom conter o ímpeto de querer atirar. Esse é apenas uma amostra de como o game brinca com a noção de espaço. Outras vezes, os portais levam a um lugar que você já visitou antes, mas com o vetor de gravidade alterado, ou seja, você pode estar andando onde antes era parede ou teto, por exemplo.

Há ocasiões em que o portal muda o tamanho do personagem. Numa das primeiras cenas que isso é explorado, Tommy está olhando para uma esfera, do tamanho de uma bola de boliche, e, minutos depois, está percorrendo esse mesmo objeto, vendo o enorme cenário ao redor – e uma imensa face observando. É uma experiência muito marcante, para dizer o mínimo.

Outro recurso bastante interessante é o controle da gravidade. Existem alguns tipos de chão em que o personagem ficar grudado, podendo andar pelas paredes e pelo teto. Muitas vezes, o jogador precisará combater assim mesmo nesse estado e só isso já é suficiente para deixá-lo desorientado.

Mas é ainda pior quando há dispositivos que mudam a orientação da gravidade da sala inteira. Daí para perder o rumo do que é cima ou baixo é muito fácil. Lidar com essa confusão é parte do desafio de “Prey”, mas às vezes isso pode ser um tanto frustrante devido à tanta confusão.

Caça e caçador

A duração da aventura é um dos pontos negativos. O modo de história dura em torno de dez horas e não há muitos incentivos para uma segunda jogada – quando muito, apenas para liberar conquistas nos modos mais difíceis. As sensações de confusão espacial podem ser intensas, mas não funcionam tão bem mais de uma vez.

Todos esses recursos são muito bem aproveitados nos modos multiplayer, que têm mapas ainda melhores que na modalidade de história. Com os portais de controle de gravidade, as batalhas ganham literalmente uma nova dimensão, mas não é tão recompensador quanto se possa imaginar. Aqui, saber lidar com a noção espacial pode ser mais importante que a habilidade com as armas.

Até oito pessoas podem jogar ao mesmo tempo – pode ser pouco, mas garante batalhas com menos “lags”. O multiplayer fica devendo mais opções, pois dispõe apenas de um “deathmatch” básico, individual ou por times. Talvez uma expansão aumente esse leque, além de um pouco mais de aventura no modo “single player”.

Ferro e gosma

Como usa o “engine” de “Doom 3” e “Quake IV”, o visual de “Prey” guarda algumas similaridades, como a impressão de grande solidez e volume. Além disso, os cenários são meio escuros, para o game poder esbanjar sua iluminação, um dos pontos fortes dessa tecnologia gráfica. Como sempre, a representação de objetos biológicos – como se estivessem envoltos por uma mucosa – e mecânicos é muito bem-feito.

Os personagens e inimigos também são bem-projetados, com bom nível de detalhes e expressões faciais. Como a iluminação é boa, eles parecem ter volume. O “engine” também é responsável pela simulação de física, que é boa para objetos simples, mas os corpos ficam rígidos demais depois de mortos, dando uma impressão muito artificial.

O desempenho do fluxo de tela é muito bom; estável e bastante suave. O visual no Xbox 360 é bem detalhado, mas perde para um PC com uma placa de vídeo potente, que pode trabalhar com resoluções maiores – no console, vai até 720 linhas. O controle no PC é melhor, devido à combinação mouse e teclado, mas também funciona muito bem no joypad do 360. Não há “loading” durante as fases, o que é bom. Por outro lado, o carregamento, quando acontece, pode durar em torno de um minuto, mas a troca é justa.

A trilha musical é de Jeremy Soule, que trabalhou magnificamente em “The Elder Scrolls IV: Oblivion”, também para Xbox 360 e PC. Em “Prey”, não chega a ser excelente, mas as composições, que misturam temas climáticos e orquestrados, se encaixam bem nas situações que o game apresenta. Há também algumas músicas licenciadas como “Barracuda”, da banda Heart , e “You’ve Got Another Thing Comin”, do Judas Priest. Essas músicas aparecem nas cenas do bar, no início, e dentro da nave alienígena, e isso ajuda na ambientação.

Os efeitos sonoros das armas não são tão impactantes como deveriam ser, mas outros sons têm função ativa, como o grunhido dos diversos inimigos, que denunciam a presença dos mesmos. As dublagens também são competentes e até mesmo os aliens falam em inglês quando você estiver em sua forma espiritual.

Surrealismo na tela

Os tiroteios de “Prey” podem ser apenas medianos, com desafio pálido, mas brilham em seu design de fases quem graças ao sistema de portais e de controle de gravidade, mexem com as sensações espaciais do jogador. Apesar de ser um jogo curto e ter poucas opções multiplayer, a experiência do título como um todo é altamente satisfatória.

Portable Prey PT-BR:
BAIXOU?GOSTOU?ENTÃO COMENTA,NÃO CUSTA NADA!”

Imagens do Jogo:

Obs:TraduçãoGame Vício
Game compativel com o Windows 7.
Por algum motivo q desconhecemos,mas o icone do game n apareceu no final da portabilização.
Mas sua funcionalidade continua normal,bastando clicar 2x no mesmo!

Caso o game nao execute de 1ª no W7,clique no link abaixo e confira a dica para executar o portable!
Dicas para os portables!

Author: L3on