Encrenca cronológica
Se essas mudanças acima parecem radicais, elas são parcialmente justificáveis. Sim, o combate do game original foi bastante criticado, mas independente de notas altíssimas da crítica, as vendas do produto foram muito abaixo do esperado. Na tentativa de salvar a marca, “Prince of Persia” sofreu uma série plástica para se tornar mais atraente: ficou mais negro e violento.
Cimitarras afiadas
A boa notícia é que o combate do jogo foi totalmente remodelado. Um sistema de combos mais eficiente é ajudado pela implementação de luta com duas armas, inimigos muito mais variados, uma enorme quantidade de novos golpes e respostas mais precisas. Isso ajudaria a resolver o problema das lutas repetitivas do original se a quantidade de combates não tivesse sido aumentada consideravelmente.
Não se engane. O jogo que muitos amaram ainda está aqui. As acrobacias desafiadoras ainda constituem cerca de metade do game, trazendo aqueles mesmos momentos de estudar o ambiente para criar uma rota viável, para então sentir aquele frio na barriga ao realizar saltos mortais dezenas de metros do chão.
Um novo sistema gráfico traz ambientes mais bonitos e também muito maiores e mais detalhados. Apesar de parecer seguir o mesmo tema “dark” no começo, os ambientes variam bastante. Dos efeitos de luz melhorados a pedaços destruídos do castelo tomados por vegetação descontrolada, o cenário volta a ser um personagem na continuação, lembrando até um pouco do clássico “Ico”, para aqueles que tiveram a oportunidade de conhecer o sucesso para PlayStation 2.
“Warrior Whithin” empresta o conceito de mundos paralelos de “Legend of Zelda” da Nintendo oferecendo duas versões do castelo: uma no presente e outra no passado. Apesar de alguns quebra-cabeças envolverem mudanças no passado para modificar o futuro e o personagem ser forçado a voltar por caminhos já trilhados, a estrutura do game continua sendo virtualmente linear. A decisão pode parecer ruim, mas quem em sua sã consciência iria querer ficar explorando um castelo com as acrobacias do príncipe, apenas para descobrir que foi para o lugar errado?
Gregos, troianos e persas
Querer agradar ao grande público parece ser o maior erro de “Warrior Within”. A verdade é que à parte de plataforma de “Sands of Time” era incomparável e seu combate era apenas medíocre. A nova fórmula oferece um combate acima da média, mas acaba diluindo o filé do game. Some isso ao fato do personagem carismático do original ser trocado por um anti-herói mal educado que fica soltando frases feitas e repetitivas durante suas lutas, e fica claro que o charme do jogo anterior se perdeu. A trama previsível também não ajuda e os fãs da história e narrativa do anterior vão torcer para que o príncipe morra, como diz a profecia.
Apesar de poder ser controlado com a mesma precisão que nos consoles com um bom controle, “Warrior Within” pode também ser jogado com um teclado, mas essa solução deve ser evitada. A natureza dos saltos precisos em diagonais não se adapta bem aos comandos digitais do teclado. O game é surpreendentemente jogável mesmo assim, mas fica muito melhor com um controle similar ao dos videogames.
“Warrior Within” não é um jogo ruim, muito pelo contrário. Mas depois de ter jogado algo do calibre de “Sands of Time”, é triste ver tantos aspectos de um game parecerem que foram feitos pela equipe de marketing. Enquanto o potencial abandonado deixará muitos revoltados, a jogabilidade clássica do original garante que a experiência continue divertida.
Mas sua funcionalidade continua normal,bastando clicar 2x no mesmo!
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