Produção do estúdio Supergiant Games e distribuída apenas via download, “Bastion” é um jogo de ação com perspectiva isométrica (aquela aérea e meio de lado) que lembra muito “Diablo”: basta percorrer labirintos, detonando inimigos e colecionando itens para passar de fase e evoluir o variado arsenal.
Um dos diferenciais, é sua refinada direção artística, que alia traços coloridos que vão se construindo conforme o jogador progride, criando um impressionante efeito. A trilha sonora também faz bonito, apresentando bom uso de violão e uma inusitada narração que acompanha o jornada do heroi Kid.
Visual lindo
O que mais chama a atenção em “Bastion” é o visual colorido e pulsante. As cores são fortes e conferem ao game mais um jeito de desenho animado (e dos bons!) do que de um jogo tridimensional.
Animações suaves complementam a experiência e o toque de requinte fica para o efeito de construção pelos cenários – aliás, algo perfeitamente integrado ao enredo, que mostra um mundo em ruínas sendo refeito. Conforme o jogador explora os cenários, pecinhas vão subindo e criando o caminho, criando um efeito bacana e um ar de novidade.
Jogadores de PC levam vantagem neste quesito: a versão conta com resolução em 1080p e efeitos de anti-aliasing que deixam a experiência ainda mais bonita – sem contar outros mimos para fãs de “Portal”.
Trilha sonora
Não bastasse a parte gráfica encantadora, “Bastion” conta também com um trabalho de primeira no departamento sonoro, feito pelo compositor Darren Korb, que explora bem instrumentos de corda, até colocando letras cantadas em algumas faixas. O bonito trabalho ajuda a criar um clima ainda mais épico à aventura.
Outro ponto bacana e inovador da parte sonora de “Bastio” é a narração que acompanha o enredo. Boa parte da história é contada na medida em que Kid avança pelos cenários e encara inimigos e chefões. Fica a impressão de estar criando a história com as próprias ações conforme se joga, já que há comentários pontuais para alguns eventos, como escolher determinados itens, usar uma certa ou até mesmo cair em um simples buraco.
Estilo “Diablo” de ser
De maneira geral, “Bastion” parece uma versão de “Diablo” feita para um público mais jovem: o visual é colorido e a história repleta de fantasia, mas os controles imitam o clássico da Blizzard.
A perspectiva isométrica mostra o heroi Kid avançando por cenários e desferindo golpes a torto e direito nos inimigos. Quanto mais avança, ganha novos equipamentos e pontos de experiência para evoluir estes armamentos e outras habilidades. Claro, uma batelada de tesouros se escondem nos cantinhos das fases, incentivando a exploração.
Entre cada fase, é possível visitar o Bastion, uma espécie de base na qual o jogador vai construindo edificações, cada uma com habilidades específicas: em uma você pode escolher suas armas, em outra evoluí-las, um outro lugar serve para adquirir novas habilidades e assim por diante.
Extras
Apesar de curto, “Bastion” capricha para trazer de volta o jogador. Em dois momentos (ambos bem perto do fim) é possível fazer escolhas que afetam o final da aventura, instigando a curiosidade.
Além disso, o título conta com a opção New Game +, que permite começar tudo de novo, mas mantendo parte do progresso feito, permitindo assim evoluir ainda mais armas e habilidades.
Por fim, há uma grande variedade de itens para procurar e desafios diferentes para encarar, provando que “Bastion” é muito mais do que apenas a sua história.
Muito curto
Com tantas coisas boas para se falar sobre “Bastion”, o jogo acaba pecando feio em um aspecto: é curto demais. Com pouco menos de 5 horas a história pode ser concluída.
Procurar itens, aprimorar equipamentos e realizar desafios ajuda a prolongar a brincadeira, mas aqueles que querem apenas ver a história principal vão encontrar aqui uma experiência bem passageira.
Não tem multiplayer
Dada inevitável comparação com “Diablo”, fica a dúvida: por que “Bastion” não oferece um modo multiplayer? O estilo de jogo repleto de ação e a ampla variedade de armas e skills possibilitaria partidas empolgantes entre duplas (ou talvez até grupos maiores) se ajudando a enfrentar os chefões e outros desafios do game. Perdeu-se aí uma boa oportunidade.
Narração exagerada
Por mais que a narração do game seja bem feita e inovadora, há momentos em que ela se torna excessiva e incômoda. É legal ouvir seus feitos épicos sendo comentados como uma história de conto de fadas, mas ouvir também um comentário irônico e espertinho cada vez que você cai sem querer em um buraco ou decide trocar o martelo pelas pistolas é também desnecessário.
Obs: Version Cracked→Theta / Tradução→Tribo Gamer
Mas sua funcionalidade continua normal,bastando clicar 2x no mesmo!
Dicas para os portables!