“Far Cry” foi o jogo de tiro em primeira pessoa que fez a fama do estúdio alemão Crytek, em 2004, e seu motor gráfico batizado de CryEngine, extremamente poderoso para a época. Sucesso de crítica e de vendas, uma continuação era obviamente esperada, mas com o distanciamento entre a Crytek e a Ubisoft, que distribuiu o jogo e deteve a marca, o destino do projeto começou a ficar um pouco nebuloso.
No fim das contas e depois de algumas conversões para vários consoles do jogo original,”Far
Cry 2″ acabou nas mãos do estúdio de interno Montreal da gigante francesa. Com tanto tempo passado e uma mudança de desenvolvedor tão radical, acabou só restando mesmo o nome e aquele clima de exploração aberto. Não espere um enredo de ficção científica, experiências genéticas ou Jack Carver e sua camisa de cores extravagantes; agora a ação ocorre em um universo mais realista, com uma paleta de cores mais sóbria, em meio a conflitos armados na África. É uma troca brusca e que causa estranhamento no início, mas que acaba se mostrando interessantíssima em poucos minutos.
Mapa aberto
Talvez o grande trunfo de “Far Cry 2” esteja na sua posição de se assumir como um verdadeiro jogo “sandbox”, como “Grand Theft Auto”, que permite que você se desvie das missões principais para fazer ações paralelas por todo o resto do mapa – independente de trazer benefícios ou não para seu personagem. Então o game nunca tenta te tirar a liberdade ou deixa faltar elementos para entretê-lo só para forçar o desenvolvimento da trama – que é um fiapo de história, com uma ou outra reviravolta, sobre um mercenário contratado para assassinar um traficante de armas conhecido como “O Chacal”, em um país não-identificado da África.
É possível escolher um entre vários personagens principais, incluindo o paulistano Marty Alencar, que começa a aventura descobrindo que o país está em um momento de tensão, em um cessar-fogo entre um exército rebelde, o UFLL, e as tropas do governo deposto, chamadas de APR. Mas até mesmo a natureza parece conspirar contra você no lugar e, ao contrair malária em um hotel, você é pego desprevenido pelo próprio Chacal, que poupa sua vida, mas acaba tirando todas as suas armas e recursos.
A trégua entre as duas facções vai para o espaço e a guerra civil explode. Sem alternativas, você é obrigado a fazer serviços sujos os dois lados, além de outras tarefas por fora, como ajudar vendedores de armas a conseguir novos carregamentos – e ganhar alguns equipamentos com isso. Há a possibilidade até mesmo de se juntar a personagens controlados por computador para fazer parcerias. Não é exatamente um RPG, uma vez que você não pode acumular várias missões por vez, mas o jogo lhe dá a liberdade para aceitar na hora em que estiver pronto,ou simplesmente entediado.
Ação dinâmica
A palavra “entediado” vem à tona porque certas abordagens ou estilos de missões em “Far Cry 2″ acabam sendo um pouco repetitivos. Você terá que se infiltrar em campos para matar determinadas figuras, interceptar carregamentos ou coisas do tipo a todo momento, além de ter que lidar com inimigos bastante insistentes – por exemplo, ao matar soldados que vigiam algum ponto da estrada, poucos minutos depois, eles estarão lá novamente para encher a paciência caso você tenha que passar por ali de novo.
Mas são pontos menores diante do poder que o jogo lhe dá para agir. Com uma inteligência artificial bastante eficiente, os oponentes geralmente são implacáveis, e você tem que suar a camisa para despachá-los. E não é só uma questão de habilidade para atirar, mas também na de improvisar estratégias na hora e lidar com vários detalhes, como a condição de seus equipamentos e a fauna e flora local.
Dando o exemplo
Nada melhor do que um exemplo. Em uma de nossas missões, depois de selecionar as armas – você pode usar quatro de uma vez, um facão, uma pistola, uma arma principal e outra especial – e sair do esconderijo, tive que consertar o motor do carro e utilizar o GPS para ir até o local da tarefa. Chegando lá, optei por sair da estrada, escondendo o carro atrás de uma grande rocha e utilizei um visor telescópico para marcar pontos estratégicos no campo inimigo, como atiradores de elite ou caixas de munição.
O problema é que não vi uma patrulha se aproximando pela lateral e três soldados começaram a atirar. Corri por um declive, me sentindo o próprio Indiana Jones em fuga, quando percebi que um dos inimigos fugiu de medo quando um búfalo – ou algum outro animal de grande porte que estava nas proximidades – se espantou com a movimentação. Perdi os outros dois de vista e parei para chegar minha posição e, para minha surpresa, vi que um deles havia encontrado e resolvido me caçar com meu próprio carro.
E há várias outras situações de improviso, como o uso de armas defeituosas, que podem travar no meio do combate. Ou a malária, que pode atacar em momentos pouco oportunos. E umas cirurgias precárias para retirar balas e estilhaços que dariam inveja a John Rambo. Nunca se sabe o que o jogo aguarda.
Claro que não se trata de elementos perfeitamente balanceados. Alguns inimigos às vezes ficam parados na sua frente sem fazer nada, outros ficam correndo travados contra árvores ou paredes, e alguns tiros à queima-roupa parecem não acertar. Mas são falhas que não são tão freqüentes a ponto de estragar a versatilidade da ação.
Criando sua ação
A apresentação de “Far Cry 2” também é de grande qualidade. Os gráficos são muito bonitos, reproduzindo de maneira verossímil o ambiente de caos visto em filmes como “Diamante de Sangue”, “O Senhor das Armas” ou “Falcão Negro em Perigo”, com um mapa intenso e populoso.
Há efeitos de iluminação exuberantes, principalmente os de chamas e explosões, com passagens de dia e noite, além do sistema de física do personagem em interação com a vegetação e a água, por exemplo. E o áudio não faz feio, com uma dublagem muito rica em sotaques e nuances que tornam o ambiente muito mais palpável, além dos efeitos sonoros de costume. Há defeitos sim, como algumas pequenas travadinhas na taxa de quadros – em especial na versão para Playstation 3 – e bugs aleatórios, como texturas que estouram aqui e ali, ou até mesmo vozes que simplesmente não saem, mas não são problemas graves o suficiente para impactá-lo.
Além da grande apresentação, o jogo traz extras de primeira. O multiplayer, claro, já era esperado, e tem suporte para até 16 jogadores, com partidas comuns ou rankeadas. Há seis classes distintas com ganho de experiência, em mapas que exploram os elementos do modo para um jogador, como a durabilidade das armas. Há quatro modos disponíveis, incluindo um modo de captura de bases diferenciado chamado Uprising, que pede que o capitão do time seja o encarregado pela captura.
Para tornar este modo mais robusto, foi incluído um editor de mapas nas versões do jogo para todas as plataformas. Fácil de usar, ele tem ferramentas de modelagem de terreno e uma infinidade de itens e objetos para dar asas à imaginação dos usuários. Assim, quando alguém quiser jogá-lo, os outros participantes serão avisados e poderão baixar o mapa automaticamente, em um processo simples e relativamente rápido.
Requisitos Mínimos:
Processador: Pentium 4 3.2 GHz, AMD Athlon 64 3500+ ou superior
Memória RAM: 1 GB
Placa de Vídeo: NVIDIA 6800 ou ATI X1650 ou superior (256 MB de memória)
Versão do DirectX: 9.0
Sistema Operacional: Windows XP ou superior
Espaço de Disco: 3.5 GB livres
Memória RAM: 1 GB
Placa de Vídeo: NVIDIA 6800 ou ATI X1650 ou superior (256 MB de memória)
Versão do DirectX: 9.0
Sistema Operacional: Windows XP ou superior
Espaço de Disco: 3.5 GB livres
Portable Far Cry 2 PT-BR:
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Imagens do Jogo:
Obs: Game compativel com o Windows XP / Vista / W7 / W8.
Caso o game nao execute de 1ª no W7,clique no link abaixo e confira a dica para executar o portable!
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