Age of Mythology (também conhecido como AoM), é um jogo de computador de estratégia em tempo real baseado em mitologia produzido pela Ensemble Studios e distribuído pela Microsoft Game Studios. Foi lançado em 2002 na América do Norte e,uma semana depois, na Europa.
Um spin-off da série Age of Empires, Age of Mythology é inspirado pelos mitos e lendas dos gregos, egípcios e nórdicos, ao invés da história real. Entretanto, muitos elementos de jogabilidade são similares aos da série Age of Empires. Sua campanha segue um almirante atlante, Arkantos, que é forçado a viajar através dos territórios das três culturas do jogo, caçando um ciclope que está auxiliando Poseidon contra Atlântida.
Age of Mythology foi um sucesso comercial, chegando a platina quatro meses após seu lançamento e após vender mais de um milhão de unidades. A recepção do jogo pela crítica foi em geral positiva: foi avaliado como 89% tanto pelo Game Rankings quanto pelo Metacritic. Os elementos de jogabilidade foram recebidos positivamente, apesar de alguns reviewers (avaliadores) terem criticado a campanha como extensa e repetitiva.
Jogabilidade
Os jogadores dos últimos games da série AoE certamente se sentirão à vontade quanto a jogabilidade oferecida neste novo game da Ensemble. Embora ele traga algumas novidades e mudanças, os fãs da série que antecede o Age of Mythology podem começar a disputar a campanha sem passar pelo tutorial que não devem encontrar dificuldades para entender todos os comandos do game. Já para os iniciantes que simplesmente não conhecem a fundo a série Age of Empires, vale a pena iniciar pelo tutorial, que irá lhe ensinar os primeiros passos e automaticamente o jogador será inserido no início da disputa das 32 missões disponíveis no modo campanha.
Como dissemos na introdução, a grande novidade em relação a série AoE é o tema mitológico. Esta mudança inseriu uma gama de novidades na jogabilidade, que vão desde uma nova classe de recursos para ser administrado – que é a proteção de sua civilização, usada realizar upgrades e para treinar unidades míticas – chegando até a possibilidade da escolha de qual deus você irá louvar na passagem para a próxima era (ou idade), que irá determinar diferentes opções de novas unidades, poderes divinos e melhorias em seu exército. A utilização dos poderes divinos é feita da seguinte forma: quando a partida se inicia, você já possui geralmente de um a três poderes para utilizar (dependendo da era em que você começa e da civilização em que está comandando), e com a passagem para as próximas idades (são quatro no total: Idade Arcaica, Clássica, Heróica e Mítica), você poderá ganhar novos poderes, dependendo de qual “deus menor” escolheu louvar, sendo que cada idade lhe permite escolher entre dois deuses menores para ser o seu “protetor”, a quem suas unidades irão venerar. Porém, existem dois tipos de poderes, os poderes que ajudam o seu exército (como o que melhora os soldados de uma determinada área com um revestimento de ouro, ou o que faz todos os seus aldeões recolherem ouro mais rapidamente, ou ainda o que melhora o ataque de seu exército) ou, do outro lado, os poderes que causam danos ao exército ou região escolhida, e que em geral são os mais interessantes (como o que provoca uma chuva de meteoros, o que não permite que unidades sejam treinadas ou o que transforma as unidades inimigas em porcos). Estes poderes ainda podem ser divididos entre os que possuem efeito permanente, isto é, depois que são acionados duram até o final da partida ou até que a unidade em que ele foi aplicado morra, ou os poderes com efeitos passageiros (que são a grande maioria) que duram apenas por um determinado período e depois não fazem mais efeitos. É importante ressaltar que cada efeito só poderá ser utilizado uma única vez por partida e que os efeitos que causam danos ao exército inimigo (como o que provoca um furacão, por exemplo) também podem atingir as suas unidades se elas estiverem localizadas na área escolhida para onde ele será aplicado.
Por mais que o game traga muitas semelhanças visuais e até nos comandos em relação a série Age of Empires, existem muitas diferenças que valem ser relatadas. Para começar, os recursos são divididos em quatro categorias – Alimento, Madeira, Ouro e Proteção – não fazendo parte, desta forma, o recurso de pedra como na série passada, e tendo como novidade a Proteção, conforme citado anteriormente. Outra mudança bastante significativa foi em relação ao número máximo da população de seu exército, que na série AoE era pré-definida antes do game começar, e para alcançar o limite era só construir as casas ou castelos até chegar ao número máximo. A mudança em AoM é que agora existe uma limitação para se construir no máximo 10 casas, e após este limite só é possível aumentar a população construindo novos centros de cidades, que também são limitados a serem construídos apenas em assentamentos pré-marcados no mapa, e não mais pode ser construído em qualquer lugar e na quantidade em que quiser. Este fator é de extrema importância, pois na grande maioria dos mapas acaba-se tornando essencial a exploração e dominação de outras regiões do mapa, para poder construir mais centros das cidades nos assentamentos existentes, aumentando assim o limite populacional de seu exército.
Além dos deuses e das unidades míticas, o Age of Mythology oferece uma outra classe de unidades especiais que são os heróis. Os heróis estão sempre presentes nas fases da campanha, eles não podem ser criados por nenhuma edificação, mas também não podem ser mortos em combate e recuperam os danos com o tempo. Quando um herói é ferido mortalmente em combate (isto é, acaba a sua energia), eles ficam caídos no chão até que você domine a região onde ele se encontra, e neste momento ele volta a viver e começa a recuperar a sua energia. Os heróis possuem uma força maior de ataque contra as unidades míticas em relação às unidades normais, além de possuírem uma característica especial que pode ser tanto de ataque, como de cura ou para incentivar as outras unidades melhorando a força de ataque.
Diferentemente do último pacote de expansão lançado para a série AoE, The Conquerors, que trazia quase duas dezenas de civilizações diferentes (embora muitas das características se pareciam de uma civilização para a outra), a Ensemble resolveu criar apenas três civilizações do AoM, optando por trabalhar para oferecer um maior número de particularidades e detalhes sobre cada uma. São elas, as civilizações: Grega, Egípcia e Nórdica – embora cada uma delas possam ser classificadas em mais três sub-divisões, de acordo com o deus venerado por elas. Cada uma traz diferenças realmente significativas e que precisam ser trabalhadas de maneiras diferentes para conseguir um melhor aproveitamento dos recursos e uma força maior no ataque. As particularidades de cada civilização devem ser levadas em conta na hora de construir a sua estratégia, pois elas são essenciais para conseguir expandir e melhorar o seu exército mais rapidamente. Só para citarmos algumas das diferenças entre as civilizações, podemos tomar como exemplo a forma de coleta de recursos, em que os Gregos tem a vantagem de poder armazenar o ouro e a madeira em um mesmo local, podendo economizar uma construção se a estrutura conseguir ficar localizada em um ponto acessível aos dois recursos; e em contra-partida os Nórdicos não possuem construções de armazenamento, mas podem coletar qualquer recurso entre alimento, madeira e ouro em carros-de-boi, podendo contar também com uma unidade especial para coletar ouro (os anões). Outro ponto bastante distinto entre as três civilizações é a maneira como conseguir proteção: os Gregos recebem proteção colocando seus aldeões para rezar nos templos, os Egípcios ganham construindo monumento aos deuses, enquanto que os Nórdicos recebem proteção ao entrarem em uma batalha.
A inteligência artificial e os níveis de dificuldade também estão muito bem equilibrados, oferecendo um bom nível de desafio para agradar todos os tipos de jogadores. No modo Campanha, existem quatro níveis de dificuldades, que podem ser alterados no início de cada fase, são eles: Fácil, Médio, Difícil e Titã. O nível Fácil é indicado somente para quem não conhece nada do estilo ou nunca jogou os games da série Age of Empires, pois o grau de dificuldade não requer muito esforço ou conhecimento de tática de combate pelo jogador. Para os fãs do estilo ou os que já tinham alguma experiência nos títulos de AoE, é possível começar perfeitamente no nível médio e quando se sentir à vontade com as novidades do game, já se pode passar para o nível Difícil, para aumentar o desafio e melhorar as suas técnicas de ataque e defesa. Apenas depois de já estar dominando o nível Difícil é que você poderá enfrentar o nível máximo – Titã – pois realmente ele traz um grau de altíssima qualidade para os adversários do mapa, necessitando também de muito mais tempo (e não estamos falando de minutos, mas sim horas) para conseguir vencer neste nível. A IA das partidas contra o computador também mostra uma qualidade bastante apurada, encontrando apenas alguns pontos por menores que não trabalham tão bem quanto se esperava, mas boa parte deles já está sendo melhorada nos patches que estão sendo liberados e podem ser instalados automaticamente pelo “auto-update” incluso no game. Ainda assim, aqueles velhos problemas de ficar com as unidades presas no meio das construções ou ficar sem reagir corretamente enquanto seus inimigos o atacam estão quase totalmente corrigidos, embora ainda existam algumas pequenas exceções que pudemos constatar.
O enredo trazido no modo campanha é simplesmente fantástico. Certamente um dos melhores já contados por um game do estilo estratégia em tempo real, que tem início na cidade mitológica de Atlântida, onde habita uma civilização grega que venera o deus Posêidon, e que sofre um ataque de um grupo que tem como líder um herói que busca libertar um deus do mundo inferior para destruir Atlântida. Para evitar que isso aconteça e salvar o seu povo, o herói Arkantos terá que percorrer por mais de 30 missões, com uma história completamente imersiva e repleta de batalhas épicas, em uma história que envolve traições e novos descobrimentos. O mais interessante é que no decorrer da campanha você acabará se juntando primeiramente com os egípcios e depois com os nórdicos, e é aí que você irá comandar as outras civilizações além da inicial que é a grega, o que se difere da maioria dos jogos deste gênero, que costumam criar uma história em que as diferentes civilizações ou raças são inimigas, e você só pode jogar cada uma delas nas missões contra as outras.
Além do modo campanha, é possível disputar uma partida simples contra até 11 exércitos controlados pelo computador (podendo ser aliados ou inimigos, de acordo com a sua escolha), que é praticamente igual ao disputar uma partida em multiplayer contra outros jogadores, lhe permitindo escolher desde o mapa, civilização e divindade primária, como também a condição de vitória, os times e o modo de visão no mapa. Este modo é uma das melhores maneiras de treinar antes de se arriscar nas partidas em multiplayer, onde você poderá encontrar jogadores muito mais experientes e com um alto grau de dificuldade.
Para finalizar, fica o nosso destaque pela qualidade impecável do completo manual, lançado totalmente em português pela Microsoft, e também para o mapa que acompanha o game apresentando de maneira bem detalhada e clara todas as opções de upgrades e unidades oferecidas em cada idade de acordo com cada deus primário das três civilizações, além de um quadro com todas as construções e suas relações de requerimentos. Estes detalhes certamente incentivam os jogadores a adquirirem a versão original, e mostra o respeito pela empresa com o público brasileiro.
Áudio
A Microsoft também tomou uma atitude bastante feliz em relação ao áudio do game, que foi a de dublar apenas as vozes das animações entre as fases do jogo que ajudam o jogador a entender toda a história que se passa, porém mantendo as vozes originais em inglês das unidades durante as partidas, para não perder o ótimo trabalho feito originalmente que certamente não poderia ser mantido se fossem dubladas no Brasil, acarretando naquela tradicionalmente irritante e mal realizada dublagem sempre que se fosse dar alguma ordem às suas unidades. A qualidade da dublagem das animações ficou bastante aceitável, mas em alguns momentos é possível notar certas entonações de vozes que não caíram muito bem para o contexto, assim como alguns sotaques dados aos heróis das civilizações egípcias e nórdicas que acabaram ficando um pouco artificiais. Ainda assim, é louvável o trabalho dispensado pela Microsoft para ter lançado o Age of Mythology com as animações dubladas para o português, que são essenciais para um melhor entendimento da história para todos aqueles que não possuem fluência na língua inglesa.
Continuando, as músicas e efeitos sonoros do game são um show à parte, principalmente as músicas de fundo que tocam sempre que o seu exército começa a atacar o centro da cidade ou a fortaleza inimiga, oferecendo um clima bastante propício, ajudando a criar o clima épico das batalhas, assim como os efeitos dos poderes divinos, como uma chuva de meteoros destruindo as construções inimigas.
Multiplayer
O Age of Mythology permite que se realize partidas em multiplayer com até 12 jogadores via rede ou online pela Internet. Nas partidas pela Internet, existem duas possibilidades, uma partida 1×1 por IP Direto ou uma partida neste formato ou com mais jogadores pelo sistema Ensemble Studios Online (ESO), que traz algumas novidades para os que já era acostumados com o AoE.
Para jogar pelo sistema da ESO é preciso que o jogador possua uma conta no sistema da Ensemble, mas para quem não tem é possível criar uma nova conta na hora. Tendo os dados de sua conta, é só se logar e escolher entre uma partida de início rápido (no qual você escolhe as características básicas da partida que deseja disputar, e o sistema encontra um ou mais jogadores que no momento procuram pelo mesmo tipo de jogo que você e automaticamente inicia a partida) ou os Jogos ESO Avançados (que neste caso deixa a seu critério escolher com qual(is) jogador(es) você irá jogar, recomendada para quando se for jogar com um grupo de amigos, além de oferecer uma sala de bate-papo).
As opções de configuração para as partidas em multiplayer são praticamente as mesmas do que a de uma partida simples de mapa-aleatório para single-player, permitindo a escolha do mapa, modo de vitória, visibilidade do mapa, tamanho do mapa, civilização e deus primário, entre outras.
Gráficos
O aprimoramento gráfico era uma das maiores promessas durante o desenvolvimento de AoM, que prometia uma qualidade gráfica em 3D tão boa quanto ou ainda superior aos elogiados gráficos de WarCraft 3. E realmente a beleza gráfica conseguida pela Ensemble não deve ter decepcionado ninguém, pois o visual dos cenários e das batalhas, incluindo todos os detalhes, ficaram simplesmente um arraso.
Os gráficos estão cheios de detalhes, reproduzindo com perfeição os rastros quando você anda sob a neve ou atravessa um trecho com água, assim como as batalhas que acontecem em terra e reproduzem um efeito de poeira se levantando, dependendo da quantidade de unidades que estão envolvidas na disputa e a força de cada uma delas. Os poderes divinos, como raio, chuva de meteoros, terremoto e tornado, também ganharam efeitos em 3D surpreendentes, causando explosões, fogo e outros efeitos bastante realistas.
E o detalhamento gráfico não pára por aí: quando uma unidade é morta na água, surge uma mancha de sangue, assim como quando um Minotauro, um Ciclope ou qualquer outra unidade mitológica lança seu inimigo contra uma floresta ou um conjunto de árvores, os troncos são arrancados da terra pela colisão, oferecendo uma cena bastante realista.
Só que para usufruir de todos esses efeitos em AoM, você precisará de uma máquina bastante atual, pois o game é realmente pesado! Além de um processador acima de 1 GHz e pelo menos 256 megas de memória RAM, é altamente aconselhável uma placa de vídeo da linha GeForce 3 ou Radeon 8500 para cima com 64 Mb de memória ou mais, pois caso contrário você terá que deixar os gráficos com a qualidade mínima ou sofrerá com a lentidão e travadas durante a partida.
Além da sua belíssima qualidade visual, o game traz dois novos recursos, que são o controle de Zoom para aproximação e afastamento do cenário (controlados pelas teclas “+” e “-“), além da função de rotação da tela, embora esta opção não seja descrita no manual e sua utilização é um tanto quanto complexa: primeiro é preciso ativar a opção de rotacionar o ângulo de visão nas configurações do jogo, em seguida, para ativar a sua utilização durante as partidas, deve-se apertar as teclas “Alt” + “C” e então a rotação da tela pode ser controlada pelo botão de rolagem do mouse. Para voltar ao ângulo de visão original, basta novamente acionar as teclas “Alt” + “C”. Estas opções não possuem tanta utilidade durante os combates, já que aproximar ou rotacionar o cenário pode acabar diminuindo o seu campo de visão, atrapalhando na visualização das unidades inimigas. Porém, para visualizar melhor o cenário e alguns efeitos, como a explosão causada por poderes divinos, estes recursos permitem acompanhar tudo dos melhores ângulos e nos mínimos detalhes, um verdadeiro show visual.
Portable Age of Mythology PT-BR:
Download [724 MB]
“BAIXOU?GOSTOU?ENTÃO COMENTA,NÃO CUSTA NADA!”
Imagens do Jogo:
Obs:Game compativel com o Windows 7.
Por algum motivo q desconhecemos,mas o icone do game n apareceu no final da portabilização.
Mas sua funcionalidade continua normal,bastando clicar 2x no mesmo!
Caso o game nao execute de 1ª no W7,clique no link abaixo e confira a dica para executar o portable!
Dicas para os portables!
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