A trilogia “De Volta Para o Futuro”, criada por Robert Zemeckis é uma das mais icônicas séries cinematográficas dos anos 80. Os principais personagens, Marty McFly (Michael J. Fox) e Dr. Emmet Brown (Christopher Lloyd), se aventuraram nos anos 1950, 2000 e 1885. Com a chegada de “Back to the Future – The Game. 

Episode 1: It’s About Time” os fãs da saga podem verter lágrimas de alegria ao ver o retorno dos dois desbravadores do tempo em plena forma.

A produtora TellTale, de “Sam & Max”, optou por um roteiro totalmente novo.”It’s About Time”, o primeiro dessa série, se passa logo após o terceiro filme. 
Dr. Brown está desaparecido há meses e uma decisão judicial resolve colocar seus pertences à venda, que á ele sumiu sem pagar nenhuma conta e tem uma lista enorme de impostos atrasados. Logo o famoso DeLorean aparece do nada junto com o cachorro Einstein e coloca Marty de volta nas aventuras temporais.

De volta para Hill Valley

A história desse primeiro episódio, apesar de muito curta, diverte bastante com várias referencias aos filmes, como um filme de Tubarão passando no cinema – uma brincadeira que apareceu em todos os filmes. 
Para recriar o clima da série, a produtora caprichou na dublagem. Christopher Lloyd participa e dá mais credibilidade ao game. Porém, é A.J. LoCascio, que interpreta Marty, que realmente surpreende. O dublador consegue fazer todos os trejeitos de Michael J. Fox, as incertezas, o jeito meio tímido e por aí vai. 
Isso mostra respeito da produtora com os filmes e que com toda certeza vai agradar os fãs.

O jogo segue os moldes clássicos das aventuras de apontar e clicar, como “Sam & Max” e “Full Throttle”. O jogador deve escolher um objeto que vai interagir e clicar nele, abrindo diversas formas de interação. Entretanto, como na maioria dos jogos da TellTale, temos um sério problema com os controles. 

Não basta apertar para esquerda ou para direita para controlar o personagem. Às vezes, ao apertar a tecla para a direção que se deseja ir, Marty vai para o lado oposto. Isso confunde e irrita, pois a cada mudança de câmera, os controles se embaralham novamente e é necessário aprendê-los novamente. Por sorte isso pode ser resolvido apenas clicando no objeto que se deseja interagir e o computador se encarrega de ir até ele. 

Os quebra-cabeças são simples, mas ainda assim engenhosos. Dificilmente o jogador vai se sentir perdido. E mesmo para esses casos, existe um sistema de dicas que não entrega o que se deve fazer, mas dá pistas mais explícitas para não acabar com a graça nem frustrar o jogador.